Atividades Formativas

Diante da atual conjuntura em que a arte não é conveniente, os encontros com o público e as ações pedagógicas para além da cena apresentada produzirão ideias, pensamentos e atitudes que desdobradas em potencias criativas,  insurgirão como novas possibilidades de comunicação.

A proposta das atividades formativas é compartilhar com o público,  permitindo a troca de saberes, reflexão sobre a trajetória dos grupos e quais foram as ações necessárias para viabilizar a realização de ensaios e a  produção de parte dos trabalhos da grade de programação do Festival.


 

8, sexta, das 10h às 13h | Área de Convivência do Sesc Thermas

OFICINA | PALHAÇOS EM CENA

Orientação: Leonardo Rocha | Grupo Maria Cutia de Teatro - Belo Horizonte - MG

Vivência com exercícios e jogos que intentam confirmar temperamentos, comportamentos e reações de comicidade individuais, propondo descobertas da lógica do palhaço de cada participante.

Público alvo: estudantes de teatro, palhaços e interessados na arte da palhaçaria, acima de 18 anos.


 

9, sábado, das 10h às 12h30 | Espaço Armazém - Centro Cultural Matarazzo

OFICINA | O CORPO EM FUGA

Orientação: Elenco do espetáculo " Buraquinhos ou O vento é inimigo do picumã" - São Paulo - SP

Exercícios práticos sobre a dramaturgia do corpo em fuga, sua formulação, simbologia e perspectiva. A oficina buscar criar um campo de estudo sobre o ser e o espaço em estado de risco, artimanhas de sobrevivência e auto representação, narrativas marginais que norteiam a construção do corpo-alvo e a massificação do corpo-algoz.

Público alvo: atores, diretores e  estudantes de teatro, acima de 16 anos.


 

10, domingo, das 14h às 16h, no Espaço Armazém - Centro Cultural Matarazzo

RODA DE CONVERSA | CORPOS EM RESTRIÇÃO

10, domingo, das 14h às 16h, no Espaço Armazém - Centro Cultural Matarazzo

Fluxos migratórios, mulheres e as convulsões de uma sociedade movida pelo ódio, cultivado em nome da liberdade de expressão.

Participação do elenco dos espetáculos:

Quem vem de longe: Sabíamos que o projeto "Quem vem de longe" teria como ponto de partida a questão do fluxo migratório recente e seus ecos e elos com as diásporas de nosso mundo. Sabíamos também que ele seria concebido para a rua e para espaços teatrais não convencionais, na esteira da história do grupo.

O que você realmente está fazendo é esperar o acidente acontecer: Em uma grande mesa os sete atores da Cia de Teatro Acidental debatem, como falsos experts, temas como pena de morte, homossexualidade, racismo e aborto. O texto de Nelson Rodrigues é um pano de fundo para o espetáculo que utiliza também trechos de textos de colunistas e jornalistas, além de comentários da internet, quase sempre anônimos para desenvolver a trama.

Para Mollis: Quatro atrizes, quatro mulheres, quatro pensamentos diferentes e o palco como expositor de um recorte da vida real. O espetáculo tem como princípio questionar, reavaliar e nos tornar sensíveis ao abordar o conceito Mulher no século XXI, colocando em cena questões referentes às mulheres na sociedade atual, evidenciando a necessidade e urgência de enfrentarmos e superarmos velhos e novos desafios.


 

10, domingo, das 17h às 18h,   no Auditório Sebastião Jorge Chammé | Centro Cultural Matarazzo

BATE-PAPO COM A FOTÓGRAFA SYLVIA SANCHEZ

Fotógrafa responsável pela exposição " Crônica de Banalidades Ordinárias" , o bate-papo discorrerá sobre o processo artístico e suas obras. Um diálogo que aborde questões sobre o retrato, corpo, empatia, relação entre pessoas e ambiente, fantasias/adornos.

Sylvia Sanchez é artista visual, com pesquisas entre a fotografia, a performance para a câmera e o cinema. Seu interesse se debruça sobre os pequenos desvios da chamada normalidade que povoam o quotidiano: o disfuncional, o incontrolável, o ilusório, o mágico, o transcendente e o que eles podem sugerir sobre a natureza humana íntima. Sylvia também desenvolve projetos audiovisuais para música, teatro e artes plásticas, assim como para organizações envolvidas com direitos humanos e questões urbanas. É educadora e orientadora de processos criativos, tendo trabalhado em ONGs e escolas de fotografia.


 

13, quarta, das 18h às 20h | Sala de Cinema Condessa Filomena Matarazzo - Centro Cultural Matarazzo.

BATE-PAPO SOBRE O DOCUMENTÁRIO: SE TEU CORAÇÃO PUDESSE VIAJAR, QUAL SERIA O TEU DESTINO?

Participação: Elenco da Zózima Trupe - São Paulo - SP

O documentário é um registro-semente sobre o processo de pesquisa e criação do espetáculo Os minutos que se vão com o tempo, que desta vez acontece em linhas de ônibus do transporte público, em diálogo com passageiros avisados e desavisados que estão retornando à sua casa após um longo dia de trabalho.

Foi um desafio embarcar rumo à casa, esse lugar dentro de si, e atravessar imensidões, internas e externas, imensidões marítimas, urbanas, íntimas e passageiras. Foi neste trajeto que os artistas pesquisadores da Zózima criaram este filme imagem-movimento da própria vida-teatro que se constrói no coração-tempo, este que pode revelar outros destinos.

Público alvo: Interessados em geral.


 

15, sexta, das 14h às 16h, no Espaço Armazém - Centro Cultural Matarazzo

RODA DE CONVERSA | CORPOS EM TRAVESSIA

Corpos em tensão, que percorrem seus caminhos internos e externos, através das memórias, dos suores, dos músculos. No cinza que se apresenta em nossos dias, ainda é possível sonhar? Fabricar alegria?

Sonhar um novo jeito de ser para além de gêneros?  Quais os meios e modos de continuar a se deslocar pelos nossos ofícios em tempos tão polarizados?

Participação do elenco dos espetáculos:

Tudo é lindo em nome do amor: O espetáculo propõe uma travessia cênica por meio do mito do amor romântico. Duas atrizes invocam clichês do nosso imaginário amoroso e compartilham com o público uma experiência guiada pelo corpo, entendido aqui como matéria e afeto. Entre a sinergia do teatro, da dança e da performance e com o desejo imperante de atravessar, esgotar, tensionar e celebrar rituais, gestos e discursos românticos, a peça pretende abrir caminhos para questionar papéis de gênero e os modos como fomos ensinados a amar.

Noite: Criado a partir da escuta de depoimentos de moradores dos bairros paulistanos do Brás e do Belenzinho – vizinhos ao Grupo Sobrevento, que apresenta a montagem –, o espetáculo "Noite" apresenta uma coleção de histórias rememoradas por um cego, que evocam esperança e alegria, fragilidades e saudade.


 

16, sábado, das 10h às 13h, na Sala de Cinema Condessa Filomena Matarazzo - Centro Cultural Matarazzo

OFICINA E LANÇAMENTO DO LIVRO |  A POESIA DO ATOR, DE DOUGLAS NOVAIS

Orientação: Douglas Novais - Campinas - SP

A oficina teórica apresenta os princípios de uma investigação sobre o ofício e a formação do ator, tendo como ponto de partida as obras de Aristóteles.

Refletindo sobre a estrutura do conhecimento e seu vínculo com a arte dramática, a oficina aborda a natureza do ato criativo e o percurso que se estabelece entre noções como percepção, experiência, intuição, consciência, técnica, inspiração e acaso, na busca por uma ação poética Douglas Novais é Natural de Bebedouro e radicado em Campinas.

É  doutor em Artes Cênicas pela Unicamp. Atua como ator, diretor, professor de teatro e como gestor cultural. É ator e coordenador do grupo Os Geraldos, fundado em 2008.

Na docência, passou pelo Conservatório Carlos Gomes (Campinas), Pós graduação em Gestão Cultural do SENAC-SP e Pós-graduação em Teatro, Dança e Produção cultural da Universidade do Sagrado Coração (Bauru-SP).

Desde 2013, é assistente de curadoria do Programa de Qualificação em Artes (Projeto Ademar Guerra) do Governo do Estado de São Paulo.

Público-alvo: Atores, bailarinos, interpretes, performers, estudantes e pesquisadores em artes, artistas em geral e público adulto em geral.


 

16, sábado, das 14h às 16h, no Espaço Armazém - Centro Cultural Matarazzo

RODA DE CONVERSA | CORPOS DESCARTADOS

Seja pela aceleração que ocorre em tempos de selfies, onde precisamos nos superar diuturnamente, ou por ter-se nascido de uma fraquejada  do pai, ou por ser gay em tempos atuais, onde a extrema direita ascende vertiginosamente. Como esgotar o suficiente para mudarmos de oitava e ainda assim não sermos estatísticas.

Participação do elenco dos espetáculos:

Insones: Em Insones, quatro figuras passaram 365 noites em claro e tentam incessantemente finalizar a contagem regressiva para o ano que virá. A comemoração é constantemente interrompida por acontecimentos insólitos, revelando relações humanas descartáveis e violentas. Essas figuras fazem emergir questões fundamentais em nossos dias, como o excesso de estímulos e o crescente controle do tempo e da experiência.

De volta a Reims: Livremente adaptado do livro Retour à Reims No monólogo, o personagem que não voltava à sua cidade natal há mais de 30 anos, retorna após a morte do pai e se envolve em questionamentos sobre sua ascensão social, a implicação da homossexualidade no contexto que vive atualmente e a ascensão da extrema direita no cenário mundial.

Paraíba Rio Mulher: A performance Parahyba Rio Mulher se dedica a recontar o episódio da mudança de nome da cidade de Parahyba, no seio da Revolução de 1930, a partir da história de Anayde Beiriz e sua relação com os fatos que levaram a capital do Estado a se chamar João Pessoa. À trajetória de Anayde conectam-se histórias de mulheres de ontem e de hoje, e, assim, desdobram-se ritos que desenham suas rotas.


 

17, domingo, das 9h30 às 12h30, na Área de Convivência do Sesc Thermas

OFICINA | INTRODUÇÃO AO TRABALHO DE ATUAÇÃO NO TEATRO DE RUA

Orientação: Lara Prado, Lucas Marcondes e Rodrigo Nasser - Damião e Cia. Teatro | Campinas-SP

Na oficina serão abordados alguns elementos trabalhados pela Damião e Cia para potencializar a atuação em espaço aberto, buscando oferecer aos participantes um rol de ferramentas eficazes para construção de uma presença psicofísica extracotidiana capaz de se comunicar com o público em um ambiente de grande profusão de estímulos.